quinta-feira, 30 de maio de 2013

Um bebê e uma surra

Olá a todos

Primeira postagem do ano no "Filho" e num dia em que vi coisas bem interessantes. Talvez não tão interessantes assim. Filho, hoje fui na casa de um amigo que foi pai recentemente. Esta visita estava agendada desde a semana passada e sempre estava sendo adiada. Mas hoje, feriadão, era um bom dia para ir lé ver o menino. Cheguei lá com sua mãe e vi o menininho deitado na cama. Eles estavam preocupados em deixar o menino sozinho no berço. Vinha aquele pensamento: " Vai que ele sufoca ou vira de mal jeito no berço". Então ele ficava ali aproveitando a imensidão da cama dos pais. Fiquei observando, filho, aquele pedacinho pequenininho de gente, que deve estar pensando "onde estou? quem são vocês? Enfim. Sua mãe ficou toda boba com aquilo tudo, toda a dedicação para que ele tenha o melhor. Os pais não dormem,  o tempo todo cercando de cuidados, filho, e com você não será diferente. Assim eu espero e espero muito.

Por outro lado, a noite terminou com uma cena não muito legal. Enquanto levava sua mãe para casa, filho, vi um pai repreendendo severamente um filho. Primeiro com um ponta pé. A rua estava escura e fria, quase deserta. Havia chovido minutos antes. Mas no momento da cena, apenas chuviscava lentamente. O filho ameaçou correr e o pai gritou "Não corre não, que vai ser pior", e deu um tapa violento na cara do garoto. Ele ameaçou correr de novo. O pai estava embebido em uma fúria feroz, estava muito embrutecido mesmo. Deu mais um tapa violento no rosto da criança que devia ter seus 11 anos ou mais, talvez menos. Saiu da  minha vista antes de saber se ele continuaria apanhando. Fiquei muito triste ao ver isto filho. É uma cena comum por aqui, mas que costuma acontecer mais dentro de casa do que fora. A frustração do pai era grande, seja qual tenha sido a malcriação do filho, ele recebeu uma punição muito maior do que o crime que deve ter cometido. Temi filho, temi sim. A violência tem sido largamente usada na educação dos filhos. E para uns dá resultado e  outros não. A violência excessiva é algo abominável sempre, machuca e só ajuda a trazer ódio e ressentimento. Enfim filho, vejo o horror para não repeti-lo, não passá-lo para frente jamais.

grande abraço
Fernando